O Banco de Portugal considera remota a necessidade de uma contribuição especial da banca para o Fundo de Resolução por causa do Novo Banco.
Num esclarecimento divulgado este domingo, a entidade liderada por Carlos Costa adianta que “não é previsível que o Fundo de Resolução venha a propor a criação de uma contribuição especial para financiamento da medida de resolução aplicada ao BES”.
A autoridade monetária reforça ainda mais esta ideia ao afirmar que “a eventual cobrança de uma contribuição especial afigura-se remota”.
O Novo Banco chumbou no cenário mais adverso dos testes de ‘stress’ realizados pelo Banco Central Europeu (BCE), ao apresentar um rácio de apenas 5,5%, de acordo com os resultados divulgados este sábado.
Em comunicado divulgado após a divulgação dos testes de 'stress', o Novo Banco anuncia que vai vender a participação na companhia de seguros GNB Vida (ex-BES Vida) e alienar outras participações não estratégicas para reforçar os rácios de capital.
Estas vendas fazem parte do plano de reforço de fundos próprios que o banco terá de apresentar nas próximas duas semanas e foram anunciadas pelo Novo Banco e pelo Banco de Portugal em comunicados divulgados este sábado.
Neste cenário, foi detectada uma insuficiência de capital de 1.398 milhões de euros, que terá de ser colmatada no prazo de nove meses, até ao Verão do próximo ano. Para já, em duas semanas a instituição liderada por Stock da Cunha terá de apresentar um plano de reforço de fundos próprios, dos quais constarão então a venda daquelas participações.
Segundo o comunicado do Banco de Portugal, o reforço de fundos próprios do banco, trazido pelas alienações, será complementado pelo também reforço de capital aquando da venda do Novo Banco, processo que o supervisor bancário vai agora retomar “de imediato”.