“Jesuítas na Sé” é o tema da exposição de arte sacra patente ao público, na igreja da antiga sé, em Bragança, até 29 de setembro.
Promovida pela Paróquia de S. João Batista, num projeto de colaboração com a Academia do Centro Social Paroquial dos Santos Mártires (CSPSM), a exposição visa “promover e valorizar a riqueza sacra existente” e apoiar a “inclusão social dos utentes da academia”.
Note-se que o acolhimento aos visitantes é feito por utentes do centro paroquial - uma unidade de apoio à pessoa com deficiência e incapacidade, que são responsáveis também pela produção de peças artesanais alusivas à igreja.
A antiga sé, situada na praça mais emblemática da cidade (Praça da Sé), foi construída no decorrer do séc. XVI, para acolher um Convento da Ordem de Santa Clara e funcionou como um colégio da Companhia de Jesus (Jesuítas), entre 1562 e 1759.
Em 1764, quando se transferiu a sede de bispado de Miranda para Bragança, a igreja passou a sé catedral.
O templo é rico em património artístico e cultural, nomeadamente a sua ampla sacristia, datada do séc. XVII, com pinturas no teto, em caixotões, e como com painéis e talha barroca policromada que ladeiam o arcaz.
O conjunto de pinturas narra a vida de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (da mesma congregação do Papa Francisco), e lembra a vocação de ensino do colégio.
Em comunicado enviado à Renascença, assinala-se que “as pinturas da sacristia parecem não terem sofrido obras de restauro, no entanto, fruto das várias intervenções no edifício, das vicissitudes e acidentes do tempo, este legado necessita de uma intervenção profunda de conservação”.
A exposição “Jesuítas na Sé” pode ser vista de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 12h30, e entre as 14h00 e as 17h30. Ao sábado, as visitas decorrem entre as 10h00 e as 13h00.