O ministro da Administração Interna destacou, esta quinta-feira, o aumento da atividade das forças de segurança, considerando que "há uma relação direta entre os níveis de operacionalidade policial e os valores da criminalidade detetada e participada".
Numa cerimónia que decorreu no Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa, em que a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública apresentaram os resultados operacionais referentes aos meses de janeiro a abril deste ano, José Luís Carneiro afirmou que "há uma conexão direta entre a proatividade policial e a deteção e o registo das participações criminais".
O governante destacou que "a proatividade policial tem como efeitos maiores resultados do ponto de vista da responsabilização de eventuais práticas criminais", sendo exemplo os crime de fogo posto, em que as detenções aumentaram, e as fiscalizações rodoviários, em que quanto maior é o numero de operações maior é a deteção do crime rodoviário e de infrações, bem como os resultados operacionais em função de planeamento e operações de combate ao tráfico de drogas.
Os resultados apresentados pela PSP e GNR revelam um aumento da criminalidade nos quatro primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2022, nomeadamente os crimes cometidos com armas, droga e delinquência juvenil e grupal.
Questionado sobre este aumento e se Portugal continua a ser um país seguro, José Luís Carneiro afirmou que, "à luz daquilo que são dados comparativos internacionais, continua a ser um dos países mais pacíficos do mundo, muito particularmente nas análises que são feitas em relatórios internacionais".
O ministro deu também conta das prioridades operacionais das polícias, que passam pela prevenção e combate ao tráfico de droga, violência doméstica, delinquência juvenil e criminalidade grupal e combate às práticas associadas aos incêndios florestais, bem como a prevenção e fiscalização em relação à segurança rodoviária.
O governante considerou igualmente que a apresentação dos resultados operacionais das polícias se insere numa "cultura de prestação de contas com a regularidade trimestral" para se poder divulgar os níveis de operação das forças de segurança.
"Esta prática é relevante para se aperfeiçoar o planeamento e as respostas", disse.
O ministro referiu ainda que a experiência de cooperação policial entre as forças e serviços de segurança existente no programa Algarve Seguro vai ser alargada a outros territórios e a outros eventos no país, estando em preparação os programas Lisboa Segura, Porto Seguro e Praias Seguras.