“O mistério da criação abre o coração do homem à oração”, disse esta quarta-feira o Papa, na habitual audiência das quartas-feiras.
Francisco sublinhou como o sentimento de espanto que o homem sente diante da bondade e da beleza da criação ajudam à contemplação. “Diante de uma maravilha tão extraordinária e consciente da sua própria pequenez, o homem espanta-se e exulta, abrindo-se à presença de Deus na oração”, disse o Santo Padre.
"Nada existe por acaso: o segredo do universo está num olhar benévolo que alguém cruza com os nossos olhos."
Francisco partiu da reflexão do Salmo 8 (sobre a pequenez do homem face à imensidão do universo) para sublinhar que “a relação com Deus é a grandeza do homem, é a sua entronização. Por natureza somos quase nada, mas por vocação somos filhos do grande Rei!” E quando as coisas correm mal, “no meio das amarguras e sofrimentos da vida, basta a contemplação um céu estrelado, de um pôr-do-sol, de uma flor… para reacender a faísca que leva ao agradecimento e ao louvor”.
O Papa acrescentou que “a oração é a primeira força da esperança”, porque “quem reza sabe que a esperança é maior do que o desalento, que o amor é mais forte do que a morte; por isso, os homens e mulheres de oração são como clarões de luz”. E recordam-nos que, “mesmo nos dias mais sombrios, o sol não deixa de brilhar”, que “a vida é um dom de Deus e que é demasiado breve para se consumar na tristeza.”