A falta de vontade política é o derradeiro entrave ao avanço de uma estratégia nacional para a erradicação da pobreza, diz o presidente da Cáritas.
Eugénio da Fonseca reage assim, na Renascença, depois de esta quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa ter afirmado ser uma vergonha nacional Portugal ter uma das sociedades mais desiguais na Europa.
O responsável da Cáritas fala em falta de vontade política para resolver o problema, mas compreende as declarações do Chefe de Estado.
“É uma expressão sentida de quem não se resigna com a questão da pobreza. Quando o Presidente pede uma estratégia é porque já existem dados, existe reflexão suficiente para dar início a essa estratégia. Ela passa por medidas estruturantes e essas medidas estruturantes obrigam a decisões políticas. Isto não pode ser olhado apenas como discurso que fica bem a um político, mas depois não há vontade política para fazer acontecer a transformação”.
O Presidente da República apelou à criação urgente de uma estratégia nacional para acabar com as situações de miséria.