Campanha russa espalha "desinformação sobre vacinas" na internet
24-08-2018 - 14:00

Investigação norte-americana analisou milhares de mensagens publicadas nas redes sociais durante os últimos anos.

Uma investigação detetou uma campanha de desinformação mundial nas redes sociais, com origem na Rússia, para tentar reduzir a confiança nas vacinas.

As contas falsas utilizadas para tentar influencias as eleições nos Estados Unidos também estão envolvidas na ação anti-vacinas, segundo um estudo da Universidade Johns Hopkins, que analisou milhares de mensagens publicadas nas redes sociais, entre 2014 e 2017.

Muitas contas publicaram mensagens a favor e contra as vacinas, numa estratégia para criar uma “falsa equivalência” entre as duas teses.

“Ao jogarem dos dois lados, eles provocaram erosão na confiança da opinião pública na vacinação, expondo-nos a todos ao risco de doenças infeciosas”, diz à BBC Mark Dredze, da Universidade Johns Hopkins.

A Europa registou, no primeiro semestre deste ano, 41 mil casos de sarampo, um número recorde superior ao de qualquer outro ano desta década, alertou esta semana a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A diretora regional da OMS, Zsuzsanna Jakab, considerou o aumento de casos "dramático" e apelou a todos os países da zona europeia para que apliquem, de imediato, "medidas apropriadas ao contexto para evitar que a doença se propague ainda mais". "A saúde de todos começa com a imunização", lembrou.

Nos Estados Unidos, o número de crianças que não são vacinadas por opção dos encarregados de educação está a aumentar.