Uma investigação detetou uma campanha de desinformação mundial nas redes sociais, com origem na Rússia, para tentar reduzir a confiança nas vacinas.
As contas falsas utilizadas para tentar influencias as eleições nos Estados Unidos também estão envolvidas na ação anti-vacinas, segundo um estudo da Universidade Johns Hopkins, que analisou milhares de mensagens publicadas nas redes sociais, entre 2014 e 2017.
Muitas contas publicaram mensagens a favor e contra as vacinas, numa estratégia para criar uma “falsa equivalência” entre as duas teses.
“Ao jogarem dos dois lados, eles provocaram erosão na confiança da opinião pública na vacinação, expondo-nos a todos ao risco de doenças infeciosas”, diz à BBC Mark Dredze, da Universidade Johns Hopkins.
A Europa registou, no primeiro semestre deste ano, 41 mil casos de sarampo, um número recorde superior ao de qualquer outro ano desta década, alertou esta semana a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A diretora regional da OMS, Zsuzsanna Jakab, considerou o aumento de casos "dramático" e apelou a todos os países da zona europeia para que apliquem, de imediato, "medidas apropriadas ao contexto para evitar que a doença se propague ainda mais". "A saúde de todos começa com a imunização", lembrou.
Nos Estados Unidos, o número de crianças que não são vacinadas por opção dos encarregados de educação está a aumentar.