O presidente do PSD alerta que as actuais condições externas não vão durar para sempre e avisa, por isso, que é preciso ter cuidado com a escolha para futuro.
Pedro Passos Coelho falava das actuais "condições excepcionais" para a economia portuguesa, referindo "o petróleo baixo" e "o euro muito competitivo", e também a política do Banco Central Europeu que permite "juros baixos".
Ora, segundo o líder do PSD "nós não vamos ter eternamente estas condições boas. Nós temos a obrigação de dizer isso. Também houve no passado quem tivesse dito o que é que podia acontecer e políticos que não queriam ouvir porque não lhes dava jeito", acrescentou. "Nós sabemos: esta situação externa não vai durar sempre", reforçou.
Depois, o presidente do PSD interrogou: "E quando ela mudar, como é que vai ser? Querem que Portugal seja apanhado outra vez desprevenido nessa ocasião, ou querem aproveitar as condições boas que temos hoje para nos prepararmos para os dias menos bons que hão de vir no futuro?".
Neste discurso em Santarém, Passos Coelho aproveitou para afastar o que apelidou de "espantalho" de privatizações na Segurança Social, saúde e educação públicas e defendeu que Portugal se deve preparar para eventuais "dias menos bons" no que respeita às condições externas.
O actual primeiro-ministro falou ainda do resgate de 2011 e defendeu as políticas aplicadas pelo Governo PSD/CDS nos últimos quatro anos, perguntando: "Há alguém que tivesse uma receita que pudesse produzir pelo menos os mesmos resultados, ou melhor?".