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O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Rui Machete elogia a escolha de António Guterres para o cargo de secretário-geral das Nações Unidas.
Em declarações à Renascença, Machete considera que esta eleição é “uma vitória para a diplomacia portuguesa" - um trabalho “longo, feito não apenas num ou dois governos". No entanto, o antigo governante considera que as qualidades de Guterres foram determinantes.
“É, sobretudo, uma grande vitória para o engenheiro António Guterres, que prestou provas brilhantes e que demonstrou a sua competência e as suas qualidades morais e intelectuais”, diz.
Nesta entrevista à Renascença, Machete diz ainda que a própria organização sai enaltecida deste processo, pois "não cedeu a aparecimentos de última hora, ultrapassando aquilo que estava estabelecido, que era realizar provas, haver votações várias, ultrapassando diversos obstáculos até à nomeação definitiva”.
Já sobre o que se pode esperar do mandato de Guterres, o antigo chefe da diplomacia portuguesa lembra que “os problemas que as relações internacionais enfrentam hoje são muitos, alguns bastante perigosos”, mas acredita que Guterres “será certamente um elemento muito importante em termos de diálogo, em termos de descoberta de alguns caminhos novos”.