O báculo do arcebispo de Paris bateu três vezes nas portas da Catedral de Notre Dame, marcando o início da cerimónia. O público voltou a ouvir o órgão de tubos da catedral, do século XIX, e permanecido intacto após o incêndio.
A catedral gótica deixou-se admirar, vitrais limpos, capelas e estátuas restauradas. Num momento suspenso no tempo, os bombeiros e trabalhadores, reunidos no centro da catedral, face aos 1.500 convidados diplomáticos e religiosos, foram longamente aplaudidos pelo trabalho de reconstrução.
O Presidente francês reconheceu a bravura dos que impediram que os sinos caíssem no momento do incêndio e exprimiu a sua gratidão.
Os sinos então tocaram e a cerimónia continuou com a celebração litúrgica. Numa mensagem lida pelo arcebispo de Paris, o Papa Francisco, ausente, pediu para que as autoridades francesas acolham “generosa e gratuitamente” todos os fiéis e visitantes deste monumento, um dos mais visitados da europa.
Alguns observadores viram nesta mensagem do Santo Padre um discreto recado para a ministra francesa da cultura, Rachida Dati, que tem levantado alguma polémica ao sugerir a ideia de cobrar pela entrada da catedral.
Um dos primeiros momentos fortes deste sábado à noite foi quando Volodymyr Zelensky entrou na catedral e recebeu uma verdadeira ovação, apesar do protocolo que exigia que a assistência permanecesse sentada.
O Presidente eleito norte-americano Donald Trump assistiu às celebrações sentado na primeira fila entre Emmanuel Macron e a primeira-dama francesa. Alguns metros adiante encontrava-se o empresário multimilionário Elon Musk, agora braço-direito de Trump.
Assistiram à cerimónia outras personalidades como o príncipe William de Inglaterra, a Presidente da Geórgia e dirigentes africanos como o lusófono Umaro Sissoco Embaló.
A cerimónia continua este domingo de manhã, a missa inaugural e a consagração do altar completarão este renascimento do baluarte do catolicismo, uma missa à qual assistirão entre 2. 000 a 3. 000 pessoas.