O Governo da Holanda (Países Baixos) anunciou, esta terça-feira, que vai endurecer o confinamento parcial já existente para tentar travar a propagação da covid-19, pelo que vão encerrar museus, cinemas, jardins zoológicos e outros locais públicos durante duas semanas.
“As coisas não estão mal, mas também não estão bem. O número de casos [de contaminação com o novo coronavírus] tem de diminuir rapidamente. É uma mensagem difícil […] mas não há outra solução”, afirmou o primeiro-ministro holandês, Mark Rute, numa conferência de imprensa em Haia.
Ao longo dos últimos meses, os Países Baixos adotaram medidas restritivas mais ligeiras que as dos países vizinhos, mas estão a ser assolados com uma segunda vaga da pandemia com uma das taxas de infeção mais altas da Europa.
As autoridades locais falam de um “confinamento”, mas o país está submetido a restrições de viagens durante o dia.
A 14 de outubro, o Governo holandês decretou o encerramento de restaurantes, bares e dos “coffee shops” que vendem canábis, ao mesmo tempo que impôs o uso obrigatório de máscaras.
Para Rute, as medidas tomadas em outubro “estão a dar frutos”, embora, saliente, “não seja suficiente”.
“Para se reduzir os movimentos, a circulação e os contactos, todos os edifícios que atendem público e os locais de encontro, internos e externos, devem encerrar durante duas semanas”, indicou o primeiro-ministro holandês.
Segundo os dados oficiais mais recentes, desde que a pandemia foi declarada nos Países Baixos, a 27 de fevereiro deste ano, as autoridades locais confirmaram mais de 367 mil casos e de quase 7.500 mortes.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.