O ministro Augusto Santos Silva deve chamar o embaixador da Venezuela em Portugal. Em cima da mesa a decisão de suspender os voos da TAP por 90 dias para este país da América Latina.
O governo de Caracas alega que a companhia aérea portuguesa terá permitido o transporte de explosivos num voo para Caracas, onde seguia o autoproclamado presidente Juan Guaidó.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português sublinhou que a medida prejudica a comunidade luso-venezuelana e garante que tudo fará para que a decisão seja revertida. “Todas as diligências próprias da diplomacia estão a ser convocadas”, confirmou o governante, garantindo que tudo fará “dentro das suas competências” para que a TAP não teve de esperar três meses para voltar a voar para a Venezuela.
Augusto Santos Silva fala de uma decisão “inamistosa” e “injustificada”. “Não vejo nenhuma espécie de justificação, seja pelo histórico da TAP na Venezuela, pelo muito que a TAP já deu e por não haver nenhum indício. Por não ter sido apresentado nenhuma prova que seja possível de escrutinar de forma objetiva, que não sejam apenas alegações”, disse à Lusa.
Para a diplomacia portuguesa a decisão prejudica “imenso” os próprios venezuelanos visto que a TAP “era uma das raras companhias do mundo com voos regulares para Caracas” prejudicando “sobremaneira” a comunidade portuguesa que, segundo Santos Silva, “não merece esta atitude” por parte de Caracas.
O executivo venezuelano anunciou a suspensão por 90 dias das operações no país da companhia aérea portuguesa, “por razões de segurança”, após acusações de transporte de explosivos num voo oriundo de Lisboa.
“Devido às graves irregularidades cometidas no voo TP173, e em conformidade com os regulamentos nacionais da aviação civil, as operações da companhia aérea TAP ficam suspensas por 90 dias”, disse o ministro dos Transportes da Venezuela, Hipólito Abreu, na conta da rede social Twitter.
A TAP diz que “não compreende” a decisão garante que esta é uma “medida gravosa”, que prejudica os passageiros.