A Federação Nacional de Professores (Fenprof) considera que num ano letivo, mais uma vez, atípico, são necessárias medidas, de novo, excecionais.
O Jornal de Notícias escreve esta quinta-feira que apesar de a maioria das escolas ter aprovado planos de recuperação de aprendizagem, muitos quase não saíram do papel por causa do "vaivém" constante de isolamentos e casos positivos até ao fim de janeiro.
“Os problemas não se esgotam nas condições reunidas (ou não), mas nas caraterísticas, mais uma vez atípicas, de um ano letivo que teve um primeiro período com centenas de turmas em isolamento e muitos estudantes, docentes e trabalhadores não docentes em intermitência presencial; um ano letivo cujo segundo período se iniciou com o número de novas infeções diárias a atingir as dezenas de milhar, uma quinta vaga cujo pico só foi atingido já em fevereiro, com forte impacto nas comunidades escolares”, lê-se na nota publicada no site da Fenprof.
Neste contexto, a Federação Nacional de Professores defende o prolongamento do plano "Escola +21/23", previsto para este e o próximo ano letivo.
Segundo o JN, os presidentes das associações de diretores aceitam a proposta, até porque só agora as escolas começam a ficar mais estáveis.
Mas a principal crítica da Fenprof prende-se com o facto de “não se reconhecer que os défices que persistem nos estabelecimentos de educação e de ensino não foram provocados pela Covid-19”, mas “têm, na sua origem, outros problemas”, lê-se no site.