Trump e Putin falaram ao telefone. Prometem "cooperação construtiva"
14-11-2016 - 21:11

Combate ao terrorismo e negócios são duas áreas em que o Presidente eleito dos Estados Unidos e Moscovo apostam forte.

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O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin falaram esta segunda-feira, pelo telefone, e prometeram uma "cooperação construtiva", incluindo em matérias de terrorismo, revela o Kremlin.

Na primeira conversa desde a vitória de Trump nas eleições de 8 de Novembro, concordaram em “canalizar” as relações entre a Rússia e os Estados Unidos e “juntar esforços para combater o extremismo e o terrorismo internacional”.

A importância de criar bases sólidas para relações bilaterais foi sublinhada, em particular, através do desenvolvimento da componente económica e comercial”, refere o Kremlin, em comunicado.

A nota acrescenta que as duas potências devem “regressar ao pragmático” e a uma “cooperação mutuamente benéfica”, que satisfaça o interesse dos EUA e da Rússia e “a estabilidade e segurança do mundo”.

O Kremlin conclui dizendo que Putin e Trump vão realizar mais conferências telefónicas e marcar um encontro no futuro.

Donald Trump toma posse a 20 de Janeiro e substitui Barack Obama, que nos seus dois mandatos assistiu ao arrefecimento das relações com Moscovo, por causa de questões como a guerra na Ucrânia e invasão da Crimeia, bem como do conflito na Síria, em que Putin apoia politica e militarmente o regime do Presidente Bashar al-Assad.

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump já tinha defendido que os Estados Unidos só têm a ganhar em manter uma boa relação com a Rússia, o que lhe valeu acusações de ser um "fantoche" de Moscovo.

Entretanto, o Presidente cessante, Barack Obama, declarou esta segunda-feira que Trump está comprometido com a NATO.

Na sequência da conversa da semana passada com o seu sucessor, na Casa Branca ,Obama revela que Trump está muito interessado em manter "as principais relações estratégicas" dos Estados Unidos.

O Presidente os Estados Unidos confessou ainda estar "absolutamente" preocupado com os efeitos que a presidência do republicano Donald Trump possa ter no país.