Começa no sábado uma greve dos trabalhadores da Unidade de Manutenção de Alta Velocidade (UMAV) da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) a "todo o trabalho extraordinário".
Segundo o aviso prévio, a paralisação será por tempo indeterminado. Convocada pelo Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), reage às candidaturas anunciadas para reforçar a EMEF e que não abrangem a oficina dos comboios alfa pendular.
Foi “a gota de água, numa situação que já se arrasta há muito na UMAV”, refere o dirigente sindical José Oliveira Vilela à agência Lusa. “Teria de ser desencadeada uma ação que mostrasse a preocupação com o que se está a passar", lê-se na informação do SINFB.
O sindicalista critica o facto de não haver recrutamento para a UMAV, onde se "vivem situações muito complicadas por falta de trabalhadores", o que "obriga a um esforço enorme".
"Quantas menos pessoas laboram, aumenta mais o peso da manutenção", garantiu José Oliveira Vilela, prevendo que as informações sobre as "péssimas condições" dos serviços ainda se agravem mais.
"Queremos que a tutela [Ministério das Infraestruturas] olhe de uma maneira diferente para a EMEF e coloque trabalhadores onde são precisos", disse.
O ministério de Pedro Marques anunciou recentemente o reforço do setor da manutenção do material circulante, com o recrutamento de mais 102 trabalhadores para a EMEF.