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É possivelmente o soundbite do debate desta segunda-feira na RTP sobre as eleições legislativas, o último com os seis líderes dos partidos com representação parlamentar. “Só há duas pessoas no mundo que defendem a descida dos impostos sobre os combustíveis: Assunção Cristas e Donald Trump”, disse António Costa.
A frase surgiu a propósito da carga fiscal, mas acabou por cruzar-se com a temática ambiental trazida a debate e que aliás foi introduzida várias vezes pela moderadora Maria Flor Pedroso, sem grande sucesso.
“À segunda, terça e quarta é pelo combate às alterações climáticas e nos outros dias defende menos impostos sobre os combustíveis fósseis”, acusou António Costa, insinuando que há uma desvalorização do ambiente face à defesa da eliminação de taxas sobre gasóleo e gasolina.
Quem acabou por abraçar as temáticas ambientais foi André Silva, do PAN, que apelou a que Portugal contribua para o fundo mundial para o combate às alterações climáticas com 10 milhões de euros, em vez de 2,5 milhões. "Defendemos que cada português pode dar um euro em vez de 25 cêntimos", afirmou.
O líder do PAN também defendeu um travão no turismo, um crescimento que não pode ser feito “a qualquer custo”. Quando decorre em Nova Iorque a Cimeira do Clima, André Silva abordou a transição energética para o fotovoltaico e apostas na ferrovia e metro e na eficiência energética dos edifícios.
“O papel da União Europeia é fundamental para o combate às alterações climáticas, mas no nosso país é fundamental investirmos na transição energética. Estima-se que nos próximos anos possam ser criados mais 100 mil novos empregos verdes”, declarou.
Catarina Martins entrou no tema do ambiente, mas cedo divergiu para outras considerações e para atacar Costa sobre a vontade em “livrar-se dos empecilhos de esquerda”. “A emergência climática tem efeitos sociais, ambientais e económicos gravíssimos mas queria chamar a atenção para outras crises: guerras comerciais de Trump e a eventual crise da Alemanha”, disse.