Até 6 de Janeiro está a decorrer mais uma campanha dos “Presentes Solidários” promovida pela Fundação Fé e Cooperação. Esta é uma edição especial, porque vai apoiar comunidades afetadas pela Covid-19.
Este ano, os presentes foram escolhidos para ajudar a atenuar o impacto causado por esta pandemia, que "fez aumentar a situação de vulnerabilidade de muitas famílias e agravou a já frágil situação de tantas outras".
Assim, cada um dos presentes vai dar resposta às necessidades concretas das comunidades mais carenciadas nos oito países lusófonos, incluindo Portugal.
São dez prendas com preços que variam entre os seis e os 180 euros.
Mariana Pereira, responsável pela comunicação da Fundação Fé e Cooperação explica que "com seis euros, por exemplo, é possível oferecer sabão e lixívia para a Guiné-Bissau, com nove euros apoiar no acesso a água potável em Angola. Temos material escolar para jovens órfãos em Moçambique. Portanto, são vários os presentes que combatem diferentes necessidades e dão respostas a diferentes necessidades causadas também elas pela pandemia".
Este ano, o presente solidário para o nosso país é um cabaz de alimentos que tem como destino apoiar famílias na Damaia, arredores de Lisboa.
Esta responsável esclarece que "um dos parceiros, que é o Agrupamento de Escolas da Damaia, percebeu que na sua região havia várias famílias que começavam agora a enfrentar estas escassez de alguns bens essenciais. Foram identificadas cerca de 100 famílias que vão ser beneficiárias deste cabaz de alimentos este ano para Portugal."
Quanto aos presentes mais caros, designados por XL, variam entre os 100 e os 180 euros. Um deles é um Kit Prevenção Covid-19 para Angola. Normalmente, são oferecidos por empresas, por grupos de amigos ou colegas que se juntam para dividir a despesa.
Os presentes são comprados online. Quem quiser contribuir, basta ir ao site oficial e escolher aquilo que gostaria de oferecer.
Ao encomendar, recebe em troca um postal para oferecer a um familiar ou amigo. Daí o slogan 'Dar a Duplicar' que justifica esta dupla função. Mariana Pereira sublinha que "os presentes solidários materializam este bem que nós damos a uma comunidade num dos países lusófonos, mas ao mesmo tempo são um postal de Natal com uma mensagem personalizada que oferecemos aos nossos familiares e aos nossos amigos".
Depois de terminada a campanha a 6 de janeiro, Dia de Reis, o montante angariado é enviado para os parceiros da Fundação Fé e Cooperação no terreno, em cada um dos países, para poderem comprar os bens doados. Esta é uma forma de estimular as economias locais.
A entrega dos bens é habitualmente comprovada com fotos e testemunhos que confirmam, assim, a quem doou que os presentes chegaram a quem deles precisa.
A Fundação Fé e Cooperação, criada em 1990, é um organismo que pertence à Conferência Episcopal Portuguesa. Trata-se de uma ONGD, uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento que tem como missão promover o desenvolvimento humano integral, com a visão de "construir uma sociedade onde cada pessoa possa viver com dignidade e justiça". Atualmente tem mais de 25 projetos em Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e Portugal.