O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) considerou esta quarta-feira que a morte do antigo líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, representa a perda de uma das grandes personalidades do século XX, que contribuiu para uma Europa livre.
Numa mensagem publicada na sua página na rede social Facebook, o MNE diz que Gorbachev foi “um fazedor de pontes que tanto contribuiu para uma Europa livre”.
“Em tempo de guerra, a ação e o contributo para a Paz do último líder da URSS devem, mais do que nunca, ser um exemplo a seguir”, salienta ainda o MNE.
O antigo líder da União Soviética Mikhail Gorbachev morreu na terça-feira aos 91 anos, adiantaram as agências de notícias russas Tass, RIA Novosti e Interfax, que citaram o Hospital Clínico Central.
O gabinete de Gorbachev havia dito que o ex-chefe de Estado estava em tratamento no hospital, mas, até ao momento, não foram dados mais pormenores.
Como último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev travou uma batalha perdida para salvar um império fragilizado, mas produziu reformas extraordinárias que levaram ao fim da Guerra Fria.
O antigo secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), entre 1985 e 1991, desencadeou uma série de mudanças que resultaram no colapso do Estado soviético autoritário, na libertação das nações do Leste Europeu do domínio russo e no fim de décadas de confronto nuclear Leste-Oeste.
A Tass informou que o ex-chefe de Estado vai ser enterrado no cemitério Novodevichy, em Moscovo, ao lado da sua mulher.