Marta Temido já é a presidente interina da concelhia do PS de Lisboa e, ao que a Renascença apurou, deverá ser candidata à liderança deste órgão de direção.
A ex-ministra da Saúde está, neste momento, a substituir Davide Amado, que se demitiu na semana passada, após o Ministério Público o ter acusado de lesar em vários milhões de euros a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Abordada no Parlamento pela Renascença, a deputada eleita pelo círculo eleitoral de Coimbra, por onde concorreu em primeiro lugar na lista, não quis confirmar ou falar do assunto: "Não quero falar sobre isso". Mas, segundo fonte socialista, Marta Temido deverá em breve fazer o anúncio de que é candidata e deverá aproveitar a primeira reunião da comissão política da concelhia para o fazer.
A ex-ministra da Saúde, que se demitiu o ano passado, em pleno caos no setor, vai fazendo assim caminho dentro do PS, após ter sido uma das protagonistas em 2021 no Congresso do partido em Portimão, onde António Costa chegou a assumir que Temido podia ser uma das candidatas à sucessão na liderança do PS no pós-costismo.
"Sim, Marta Temido pode ser sucessora. Daqui a dois anos, já tem tempo de militância suficiente para se candidatar", disse o secretário-geral socialista e primeiro-ministro ao Observador.
Marta Temido foi a "número dois" de Davide Amado nas últimas eleições para a concelhia do PS de Lisboa e, agora, com a demissão daquele que permanece presidente de Junta de Freguesia de Alcântara, surge como candidata número um numas eleições que ainda não estão marcadas.
Davide Amado demitiu-se da concelhia do PS de Lisboa por considerar que não tinha condições políticas para continuar, mas não assumiu, até agora, o mesmo critério em relação à presidência daquela junta de freguesia lisboeta.