Caldas da Rainha. Enfermeiros em greve pela contagem de pontos
13-02-2023 - 14:50
 • Lusa

SEP reivindica também a regularização de cerca de 20 enfermeiros precários, há vários anos a recibo verde.

Mais de duas dezenas de enfermeiros do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) reuniram-se hoje junto à entrada do hospital das Caldas da Rainha para exigir a contabilização dos pontos para o reposicionamento na carreira.

O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) para, segundo o delegado sindical, Ivo Gomes, "exigir a contabilização de pontos com os devidos retroativos a 2018".

Enfermeiros e sindicato reuniram-se, no dia 11, com o conselho de administração do CHO (que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche) que "assumiu alguns compromissos de contabilização de pontos", mas, no entender do sindicalista, "ainda não estão efetivados", o que levou à luta dos profissionais, durante a manhã, em frente ao hospital das Caldas da Rainha.

O SEP reivindica também a regularização de cerca de 20 enfermeiros precários, há vários anos a recibo verde.

"Para a vinculação definitiva, a administração precisa de ter o plano de atividades e orçamento aprovado e o Governo, pelos vistos, não está aceitar" o documento, explicou Ivo Gomes, acrescentando que a situação afeta maioritariamente os hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras.

Na jornada de luta agendada para hoje os enfermeiros contestam também a fixação da data de aposentação nos 66 anos e quatro meses, prazo que estes profissionais exigem que seja reduzido para os 57 anos de idade e 35 de trabalho", já que, vincou o sindicalista, se trata de "uma carreira especial de enfermagem que trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana".

À lista das reivindicações Ivo Gomes juntou ainda "melhores condições de trabalho, valorização salarial e a luta por uma carreira digna" para os cerca de 750 enfermeiros das três unidades, onde considera faltarem pelo menos mais 140 profissionais.

Os enfermeiros cumpriram uma paralisação de duas horas que, segundo o sindicato, teve uma adesão superior a 50% e afetou sobretudo os serviços de consulta externa, o bloco operatório e a urgência.