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O Partido Socialista usa os “extremismos como bengala política”, acusou esta quinta-feira, na Guarda, o cabeça de lista da Aliança Democrática (AD), Sebastião Bugalho.
O antigo comentador político considera que o PS é, atualmente, um partido que não se define e que está sempre ao lado dos extremistas, primeiro à esquerda e agora mais à direita.
“Mas é sempre com os extremos, à direita ou à esquerda. É isto que sobra ao Partido Socialista. Não é o extremismo como prática política, são os extremismos como bengala política”, acusa Sebastião Bugalho no quarto dia de campanha para as eleições europeias de 9 de junho.
Depois de Marta Temido, agora as críticas e os ataques do candidato da AD estendem-se ao Partido Socialista.
No dia em que se ficou a saber que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai estar na próxima semana ao lado de Sebastião Bugalho no Porto, a dúvida do candidato.
“O PS tem que se decidir. Ou Ursula von der Leyen teve um ótimo mandato de cinco anos e só temos a dizer bem ou então é cúmplice da extrema-direita putinista e temos a dizer mal. Qual é o PS?”, atirou o candidato da coligação AD.
Desafiou também o PS a decidir o que quer dizer aos democratas portugueses, apontando contradições entre António Costa, Pedro Nuno Santos e Francisco Assis.
“O PS tem de decidir o que é que quer dizer à democracia e tem de decidir rapidamente, porque de duas uma: ou a AD é igual ao Chega, que é o que o líder do PS tem dito, ou a direita é igual à extrema-direita, que é o que a doutora Marta Temido tem dito”, referiu.
“Ou então a AD é a AD e governa com a AD ao serviço dos portugueses que é o que todos temos visto”, afirmou, citando declarações do candidato a eurodeputado Francisco Assis, em que ele diz que o PSD não tem nada que ver com a extrema direita racista.
Na sua opinião, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, “entre estas duas alternativas, entre a mais próxima da realidade e a mais próxima da ilusão, prefere a segunda”.
“Em quê é que ficamos? Quem é que manda no PS? O que é que o PS pensa e decide? Qual é que é a versão da democracia portuguesa que vigora no PS”, questionou.
E continuou: “a AD é de extrema direita ou a AD é moderada e construiu a democracia ao lado do PS, em alternância ao PS? O PS não se decide”.
A campanha da AD prossegue na sexta-feira. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, volta a apoiar Sebastião Bugalho, ao fim do dia, numa ação em Santa Maria da Feira.