Um grupo de enfermeiros do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, São João, no Porto, e Santa Maria, em Lisboa, iniciou uma recolha de fundos para marcar uma greve prolongada nos três principais blocos operatórios dos hospitais públicos.
Estes profissionais precisam de cerca de 300 mil euros para avançar com o protesto, tendo colocado o dia 5 de novembro como prazo final para a recolha de fundos.
Segundo dados dos promotores da iniciativa, até ao momento foram recolhidos 64. 500 euro, segundo avança o “Diário de Notícias” na sua edição de hoje. Chamam-lhe “greve cirúrgica”, porque pretende “parar todos os blocos de três centros hospitalares do país”.
A informação foi dada aos jornalistas pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, durante uma manifestação em Lisboa na passada semana.
A bastonária disse que o descontentamento dos profissionais é grande e que espera que o Governo e a nova tutela da Saúde oiçam as suas reivindicações.
Para que esta greve cirúrgica possa ocorrer será sempre necessário apoio e convocação de um sindicato.
A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros, ASPE, pondera dar apoio à greve, disse à agência lusa a dirigente da estrutura, Lúcia Leite.
Os enfermeiros exigem a revisão da carreira de enfermagem, a definição das condições de acesso às categorias, a grelha salarial, os princípios do sistema de avaliação do desempenho, do regime e organização do tempo de trabalho e as condições e critérios aplicáveis aos concursos.