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Pelo menos 15 milhões de vacinas contra a Covid-19 foram desperdiçadas nos EUA após 1 de março, noticiou esta quarta-feira a NBC, citando fontes das autoridades de saúde norte-americanas.
As doses perdidas foram reportadas por estados ou farmácias que administram vacinas nos Centros de Prevenção e Controlo de Doenças, a principal agência federal de saúde pública do país.
O número é, possivelmente, uma estimativa 'por baixo', uma vez que vários Estados e agências não estão a fornecer esses dados.
Entre os motivos para o descarte de vacinas estão a expiração do prazo de validade, erros de diluição, problemas de refrigeração e frascos danificados.
Além disso, um frasco de vacinas contém várias doses e, uma vez aberto, deve ser totalmente administrado nas horas seguintes, pelo que, por vezes, são descartados se não houver indivíduos suficientes para aproveitar todo o conteúdo do frasco.
Enquanto alguns fornecedores reportaram vários milhares de doses desperdiçadas de uma só vez, os registos mais comuns são de apenas quatro doses perdidas de cada vez, de acordo com a NBC, citada pela agência France-Presse.
Duas das maiores redes farmacêuticas nacionais, a Walgreens e a CVS, reportaram mais de dois milhões de doses perdidas, cada uma, enquanto o Walmart e o Rite Aid indicaram mais de um milhão de desperdícios.
Segundo dados fornecidos anteriormente pelas autoridades de saúde, entre o início da campanha de vacinação nos EUA, em dezembro, e o início de março, apenas 200 mil doses foram desperdiçadas.
Dos 15 milhões de doses reportadas, a maioria foi desperdiçada durante os meses de verão, entre junho e agosto, refere a NBC.
Esse número é uma pequena do total de doses distribuídas no país desde dezembro (444 milhões), bem como do número de doses efetivamente administradas (371 milhões).
Por outro lado, a vacinação contra a Covid-19 prossegue de forma muito desequilibrada no mundo, com vários países a registaram apenas uma pequena percentagem da sua população vacinada, especialmente em África.
Os Estados Unidos anunciaram no início de agosto que enviaram 110 milhões de vacinas para o exterior do país e começaram a distribuir, no final do mês, uma parte dos 500 milhões de doses de vacinas da Pfizer prometidas aos países pobres.