O presidente da Confederação Nacional das Instituições Particulares de Solidariedade Social (CNIS), Lino Maia, diz à Renascença que "só não tem havido falências no sector dada a dedicação dos seus dirigentes”.
O padre Lino Maia, acredita que “dada essa dedicação, não haverá colapso”, mas adverte: “É importante que o Estado se chegue à frente".
Na terça-feira, arranca em Viseu o VI Congresso da CNIS, que vai debater “As IPSS nas políticas sociais”, e em vésperas do início dos trabalho Lino Maia reforça o alerta para que o Governo "cumpra o pacto de cooperação para a solidariedade”.
"O primeiro-ministro sublinhou vontade de executar o que foi assinado no pacto de cooperação, mas ainda não foram dados passos, pois estávamos à espera da aprovação do Orçamento do Estado”, explica.
“Agora, estaremos no momento de começar a implementar o que foi decidido e espero que durante a legislatura se concretize o que foi assinado a 23 de dezembro”, diz o sacerdote.
O presidente da CNIS deposita forte expectativa na futura negociação e espera que seja possível ter em conta a inflação “quando se negociar a adenda ao compromisso de cooperação”.
"Em relação ao aumento de combustíveis penso que nos próximos dias as instituições começarão a receber uma compensação”, aponta Lino Maia.
O VI Congresso da CNIS prolonga-se até quarta-feira e vai discutir a importância das Instituições particulares de Solidariedade nas políticas sociais. De acordo com o padre Lino Maia, o encontro vai “servir para abordar temas como a cooperação e os seus constrangimentos, assim como a regulação do sector”.