O vice-presidente do Benfica Varandas Fernandes diz que se a decisão de sancionar o clube com um jogo à porta fechada não for revogada o emblema encarnado irá recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto e até mais longe, se necessário, por considerar que se trata de uma deliberação "contrária à lei, infundada e inexplicável".
Em declarações exclusivas a Bola Branca, Varandas Fernandes lamenta de "forma profunda" que noutros jogos em que já aconteceram "invasões, agressões e até arremesso de tochas à própria equipa" nada acontece.
O dirigente encarnada sublinha, assim, a existência de uma dualidade de critérios e manifesta curiosidade em saber quem foi o "responsável por este processo".
É ainda no seguimento destas queixas que Varandas Fernandes volta a desafiar Liga e Federação para que os seus representantes divulguem "as preferências clubísticas". Até agora, reforça, ambas as entidades têm patrocinado "um manto de silêncio".
Com este caso, já são dois castigos de jogos à porta fechada para o emblema encarnado num ritmo que indica "um exagero" e que acaba por "ser uma anedota" como muitas outras "nos variados domínios", diz Varandas Fernandes. O vice-presidente benfiquista considera que o clube tem sido "atacado de uma forma inexplicável e injusta" nos últimos tempos.
Estoril como origem do castigo
No que diz respeito ao jogo que ditou o último castigo, e que aconteceu no Estoril, o Benfica defende que o único responsável pela "segurança e organização" do evento é o emblema canarinho.
Varandas Fernandes lembra que a equipa jogava fora do seu estádio e que, por esse motivo, o Benfica não pode ser responsabilizado. Aliás, o vice sublinha que o clube "tem investido muito em segurança" e até foi "pioneiro" na introdução das "caixas de segurança" em Portugal. Assunto que fez correr muita tinta, com "muita polémica", recorda.
"Na altura fomos muito censurados. Mas sempre entendemos que isso era um investimento que melhorava a qualidade e a segurança no nosso estádio", concluiu.