O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) defende que "é fundamental" que as pessoas tenham o acesso facilitado aos testes rápidos de deteção da infeção por Covid-19, incluindo que "voltassem a ser gratuitos".
À Renascença, Hélder Mota Soares admite "ver com preocupação" o ressurgimento de casos provocados pelo novo coronavírus e que "é preciso tomar uma atitude".
"Parece-me uma atitude correta voltarem a ser gratuitos para que a acessibilidade aos testes fosse facilitada", reiteira.
O bastonário da OF aponta que o Governo tem hesitado reverter medidas de contenção, devido a ser "complicado", do ponto de vista político, voltar atrás depois de reabrir "um pouco rápido demais".
"Sinto que é mais difícil de gerir do ponto de vista político, do que por razões económicas", avalia.
Hélder Mota Soares compreende ainda que seja complicado assumir que " a situação está a piorar", contudo acredita que, quanto mais rápido for aceite, "melhor é para todos nós".
Portugal acrescentou esta quinta-feira aos números da Covid-19 mais de 200 mil casos que dizem respeito a suspeitas de reinfeção desde o início da pandemia e até agora não estavam registados.
Na sua informação diária, a DGS dá conta de que foram registados quase 32 mil novos casos no último dia, com a incidência da pandemia a subir para 1.819 casos por 100 mil habitantes nos últimos sete dias, o valor mais elevado em todo o mundo entre países com população superior a um milhão de pessoas.
Nas 24 horas anteriores foram registadas 30 vítimas mortais da pandemia, a segunda vez que é ultrapassada a fasquia das três dezenas de óbitos num dia na última semana. Portugal regista a terceira mais elevada mortalidade da pandemia, com 19,2 mortes por milhão de habitantes em sete dias.