Os medicamentos mais baratos vão subir de preço a partir de março.
A Associação Nacional de Farmácias (ANF) tem esta expetativa e avança que os aumentos deverão incidir apenas sobre os medicamentos mais baratos.
A subida não será significativa, mas, diz a presidente da ANF, Ema Paulino, é essencial "numa perspetiva de combater a escassez dos medicamentos e garantir a viabilidade dos medicamentos mais baratos no mercado".
"É a expectativa que temos para este ano: que possa continuar a haver um aumento modesto dos preços dos medicamentos mais baratos”, adianta.
Segundo Ema Paulino, “uma vez que a portaria ainda não foi publicada”, os aumentos só deverão verificar-se em março.
Outra das decisões que pode contribuir para combater a escassez de medicamentos é a retirada do preço das embalagens. Apesar das críticas à medida, Ema Paulino vê vantagens, explicando que “isso pode ajudar a combater algumas falhas pontuais de medicamentos, porque vai deixar de ser necessário retirar os medicamentos do circuito para depois recolocá-los com os novos preços”.
A presidente da ANF destaca também a “questão ecológica”, defendendo que “neste momento, não faz sentido estarmos a fazer novas cartonagens ou estar a imprimir novas etiquetas gastando papel sempre que há uma alteração de preço”.
Por outro lado, a realidade é que o preço que está nas embalagens pouco diz ao cidadão, porque o preço que as pessoas pagam, não é o preço que está na embalagem, o preço que as pessoas pagam está sujeito a comparticipações”, acrescenta.
Em entrevista recente ao programa " Hora da Verdade" da Renascença e jornal Público, o eurodeputado Paulo Rangel questionou se o preço desaparecia das embalagens para permitir aumentos encapotados dos medicamentos.