Para dar resposta aos doentes que precisam de cuidados médicos de nível 1, o Hospital do Espirito Santo de Évora (HESE) já tem a funcionar uma Unidade de Cuidados Intermédios Médicos (UCIM)
“Trata-se de um projeto inovador e pioneiro”, sublinha um comunicado enviado à Renascença, e que integra o Centro de Responsabilidade Integrada (CRI), o primeiro a nível nacional da área da urgência, emergência pré-hospitalar e medicina intensiva, e que é formado pelos Serviços de Urgência e Emergência e de Medicina Intensiva (CRISUMEDI).
“Habitualmente, estas unidades estão mais articuladas com os Serviços de Medicina ou de Cirurgia”, no entanto, refere Rui Matono, diretor do CRISUMEDI, “neste caso, avançamos com um projeto inovador que tem o seu core na interligação dos cuidados nível 1 e nível 2, e que vai permitir uma melhoria do circuito do doente crítico e emergente”
Para este responsável, a “força do projeto” está na ligação que mantém ao Serviço de Urgência, “permitindo facilmente a ligação às Unidades de Cuidados Intensivos de nível 2 e 3 e constituindo-se num modelo de gestão completamente novo”.
A UCIM iniciou a sua atividade com uma capacidade de quatro camas para doentes que não necessitem de isolamento e duas camas para doentes com necessidade de isolamento, num total de seis camas, mas pode chegar às nove camas, dependendo da situação epidemiológica na região.
Desde que entrou em funcionamento, neste mês de março, já recebeu duas dezenas de doentes, provenientes dos vários Serviços de Internamento do HESE e do Serviço de Urgência, “que necessitem de uma vigilância e de um tratamento que não é possível ser realizado em enfermaria, em idênticas condições de qualidade e segurança”, indica o HESE.
“Esta pandemia trouxe grandes desafios ao Hospital, mas trouxe igualmente novas oportunidades”, refere Maria Filomena Mendes. A presidente do Conselho de Administração do hospital eborense, salienta que a abertura UCIM “é exemplo de que o hospital continua a diferenciar-se, a centrar-se na qualidade e na melhoria da prestação dos cuidados ao doente”.
Há muito necessária tendo em conta o atual contexto, Filomena Mendes, reconhece que a nova UCIM “assume especial relevância, tendo em conta que permite “aliviar” a pressão no Serviço de Cuidados Intensivos”, além de que vai permitir, remata, “uma maior especialização dos profissionais de saúde, com realização de técnicas diferenciadas”.