Os inspetores da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) conseguiram entrar na cidade síria de Douma, onde alegadamente terá havido, a 7 de abril, um ataque com esse tipo de armamento.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia avança que a missão especial da OPAQ esteve na cidade de Douma (Ghouta Oriental), este sábado de manhã, e criticou o atraso, considerando "inaceitável".
Os peritos em armas químicas estão em território sírio há oito dias, mas a viagem para Douma tem sido sucessivamente adiada.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia refere que a segurança dos inspetores foi garantida não apenas pelo lado sírio, como também pelo comando do contingente russo na Síria.
"Esperamos que os inspetores da OPAQ realizem a mais imparcial investigação sobre o que aconteceu em Duma e façam um relatório objetivo", indica o comunicado da diplomacia russa.
A OPAQ pretende fazer um inquérito ao alegado ataque de armas químicas, que a 07 de abril provocou mais de 40 mortos e 500 feridos.
A missão recebeu um convite do Governo sírio, sob pressão da comunidade internacional. A Rússia nega, tal como Damasco, que tenham sido usadas armas químicas naquela cidade próxima da capital síria.
Em resposta a este alegado ataque com armas químicas por parte do Governo de Bashar al-Assad, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido realizaram na madrugada de 14 de abril uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria.