Apesar da intensidade moderada da gripe, a mortalidade regista valores acima do esperado em janeiro, avança a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Em conferência de imprensa realizada esta quinta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, justifica os números com o frio extremo que descompensa os mais idosos e pessoas com doenças crónicas.
“Até quarta-feira, verificaram-se 12.380 óbitos, com uma média diária de 412. Se formos comparar estes dados com a média dos últimos cinco anos, no mesmo período, verificaram-se mais 660 mortes”, revelou Graça Freitas.
A diretora-geral da Saúde explica este aumento com um conjunto de fatores: “é em janeiro que ocorre mais frio, é em janeiro que circulam mais vírus da gripe e vírus respiratórios e, muitas vezes, é em janeiro que se verificam estes picos”.
Graça Freitas não sabe se Portugal já atingiu o pico da gripe, mas garante que a atividade gripal atingiu um “valor semelhante” ao pico de outras épocas.
“Se me perguntarem se estamos em pico, eu não sei dizer. Só saberemos quando começarmos a descida desta curva. Pode aumentar ainda mais, mas não aumentará muito mais, previsivelmente, porque há quatro semanas que estamos a subir”, disse Graça Freitas, esta quinta-feira, em conferência de imprensa.