O Conselho Nacional de Educação (CNE) conclui que o impacto das notas dos exames na classificação final do ano lectivo é residual e menos de 2% dos alunos chumbam por causa da nota do exame.
No relatório sobre a avaliação no ensino básico a que a Renascença teve acesso, nos exames do quarto ano, por exemplo, 94% dos alunos que fizeram a prova de Português tiveram a mesma classificação que a atribuída pelas escolas.
Mas, ainda que residual, a nota do exame pode alterar a classificação final. Menos de 1% consegue subir a nota e muitos descem, sobretudo, na Matemática. No 4º ano, 1,4% dos alunos baixou a nota; no 6º foram 1,6% e, no 9º ano, 1,9% dos alunos acabaram o ano com negativa por causa da nota do exame.
O CNE fez tabelas com as notas dos exames e ouviu 25 escolas sobre a avaliação. Há quem aponte vantagens aos exames, porque é possível fazer aferição nacional, mas há também os críticos, que apontam a pressão exercida sobre os alunos e a sobrevalorização do Português e da Matemática em detrimento de outras áreas.
Os exames do 9º ano existem desde 2004. Maria Lurdes Rodrigues introduziu as provas de aferição para os 4º e 6º anoa, mas sem contar para a nota final. A partir de 2012, os exames do 6º ano e, em 2013, os do 4º, já com a tutela de Nuno Crato, passaram a contar para a nota final.