António Costa. Reabertura das escolas será "aprendizagem" para o próximo ano letivo
15-05-2020 - 10:22
 • Inês Braga Sampaio

Escolas abrem na próxima segunda-feira, para os alunos dos 11.º e 12.º anos. António Costa promete segurança para todos.

O primeiro-ministro, António Costa, salienta que o regresso às aulas presenciais não significa a interrupção do ensino à distância e que vai servir, sobretudo, como aprendizagem para o próximo ano letivo, em que não deverá estar disponível, ainda, uma vacina para a Covid-19.

Em visita à Escola D. Pedro V, em Lisboa, esta sexta-feira, o primeiro-ministro realçou que "não se estuda para fazer exames". Por isso, "além da atividade letiva presencial nas disciplinas para que há exame, a aprendizagem continua também à distância em casa", para os alunos dos 11.º e 12.º anos, que vão regressar às escolas, e para os restantes.

"É muito importante compreender que o ensino presencial nas escolas não substitui o que vai continuar a desenvolver-se à distância, através do ensino síncrono, quer nas disciplinas que não vão ser lecionadas presencialmente, quer para complementar a atividade letiva que não se esgota na sua dimensão presencial. Vai ser uma escola diferente que vamos ter, neste final de terceiro período, mas esta semanas vão ser muito importantes para todos, para concluir bem este ano letivo e, sobretudo, para treinar o próximo, porque vamos ter todo um próximo ano letivo em que vamos ter de conviver com o vírus", sublinhou.

António Costa explicou que "este regresso é uma forma de todos testarem metodologias e aprenderem, na prática, o que é necessário manter, aperfeiçoar e fazer melhor". O objetivo é conseguir que o próximo ano letivo decorra "sem o sobressalto das últimas semanas".

Regresso à escola em segurança


O regresso às aulas presenciais, na segunda-feira, far-se-á com a máxima segurança, afiançou o primeiro-ministro, que agradeceu "muito a toda a comunidade educativa o esforço extraordinário que foi feito para, num curto espaço de tempo, adaptar as escolas para que possam acolher todos os que nelas trabalham em segurança".

A máscara terá de ser usada em todos os espaços e a todo o momento. O Governo precaveu essa obrigatoriedade, com a distribuição de mais de quatro milhões de máscaras a todas as escolas que abrirão portas na segunda-feira: "É um esforço contínuo para que nada falte."

António Costa acredita que esta reta final de terceiro período ajudará a que o próximo seja "melhor do que aquele que tivemos este ano".