A Autoridade da Concorrência proíbe os padeiros de anteciparem o preço do pão. O regulador entende que estão em causa “alegadas práticas restritivas da concorrência”, que podem “promover uma coordenação de comportamentos”.
Na prática, ao antecipar a subida do preço, as associações são acusadas de “interferir” com a autonomia das empresas, influenciarem os agentes económicos e prejudicarem os consumidores.
Em 2018, a Autoridade da Concorrência abriu um processo com uma contraordenação à Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte por anteciparem a subida do preço do pão.
Condicionou, depois, o fecho do processo à publicação de uma carta por parte daquela associação, a comprometer-se não divulgar quaisquer previsões sobre o preço do pão.
Essa carta é publicada esta sexta-feira e nela a Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte compromete-se “a não prestar quaisquer declarações ou informações sobre preços e outras condições comerciais”.
António Fontes, presidente da associação, acrescenta que "os preços e outras condições comerciais devem ser definidos com total autonomia e independência".