As urgências de Ginecologia/Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta, em Almada, vão estar encerradas entre as 20h00 desta terça-feira e as 8h00 de quarta, dia 15. A informação é avançada pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).
Segundo a nota enviada às redações, durante este período “as grávidas devem dirigir-se/serão encaminhadas para outras unidades da rede, nomeadamente para o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) e para o Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM), assim como para as maternidades da cidade de Lisboa que, no referido período, estarão a funcionar com normalidade”.
O documento alerta também para “limitações” nos próximos dias “em alguns hospitais, com desvios da urgência externa de Obstetrícia/Ginecologia para outras unidades da região”.
Em causa está a falta de médicos especialistas, que tem levado vários hospitais a encerrar temporariamente as urgências, sobretudo na área de Obstetrícia/Ginecologia.
Na sequência dos constrangimentos ocorridos durante o fim de semana, a ministra da Saúde reuniu-se de emergência com várias entidades do setor e anunciou um plano de curto prazo, de contingência, para colmatar a falta de profissionais – plano que não foi acolhido com entusiasmo da parte dos representantes dos médicos e que a Ordem encara com alguma cautela, expectante no que diz respeito à contratação dos jovens médicos.
250 partos em fim de semana prolongado
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo informa ainda, na mesma nota, que no dia 13 de junho foram realizados 58 partos nas maternidades dos 13 hospitais/centros hospitalares com essa valência no país.
“Assim, entre 10 e 13 de junho, período excecional de feriados, nas maternidades da Região de Lisboa e Vale do Tejo, foram efetuados 250 partos, o que atesta o funcionamento em rede das unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
A ARSLVT destaca ainda que os hospitais da região e o CODU/INEM continuam a funcionar em rede, mantendo “estreita articulação para garantir o normal funcionamento das urgências das maternidades da região em segurança”.
“A ARSLVT agradece, mais uma vez, aos profissionais de saúde que vão assegurar a prestação de cuidados pelo esforço adicional e apela à compreensão dos utentes, lamentando, desde já, o constrangimento que, apesar de todos os meios disponibilizados, não foi possível ultrapassar”, conclui.