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A audiência de extradição de Julian Assange, reivindicada pelos Estados Unidos de acordo com as suas leis da contraespionagem, foi adiada esta quinta-feira pelo tribunal de Westminster por motivos de saúde do fundador da WikiLeaks, declarou um dos seus advogados.
A audiência, na qual Assange iria participar via videoconferência a partir da Prisão Belmarsh, foi adiada para a semana de 12 de junho, após os seus advogados argumentarem que o fundador do WikiLeaks estava com problemas de saúde, disse Gareth Peirce.
Trinta apoiantes de Assange, que se recusa a ser extraditado, reuniram-se hoje diante do tribunal, usando máscaras com o seu rosto e cartazes que diziam: "Não matem o mensageiro", "Não há extradição" e "Liberdade de expressão".
Refugiado por quase sete anos na embaixada do Equador em Londres, Julian Assange, de 47 anos, foi entregue a 11 de abril às autoridades britânicas, que o julgaram e sentenciaram a 50 semanas de prisão, a 01 de maio, pela violação das condições da sua libertação condicional.
Os Estados Unidos apresentaram, na quinta-feira passada, 18 novas acusações, incluindo uma por espionagem, contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que já tinha uma acusação de conspiração por entrar em computadores governamentais.
As novas acusações foram feitas por um grande júri do Estado da Virgínia, que agora acusa Assange de espionagem e publicação de documentos altamente confidenciais, o que poderá significar uma sentença de até 170 anos.
Os procuradores alegam que Assange pode ter cometido um ato de espionagem através da colaboração com agentes de inteligência para obter e distribuir informação secreta, com a defesa do acusado a justificar com o argumento de que é parte de seu trabalho jornalístico.
A procuradoria apresentou acusações contra Assange em abril por conspirar com a ex-soldado Chelsea Manning, que em 2010 forneceu ao portal WikiLeaks mais de 700.000 documentos secretos.
Assange enfrenta uma possível pena de cinco anos de prisão por esta primeira acusação.