O secretário-geral do PS, António Costa, afasta a possibilidade de negociações com Rui Rio para formar governo depois das eleições.
Em entrevista à CNN Portugal, Costa acusa o líder do PSD de falta de experiência: “Isto não é um ‘vamos aqui distribuir entre nós uma espécie de rotativismo bianual no âmbito centrão’.” Mas imagina Rio na cadeira de primeiro-ministro.
"O que ele propõe é que haja uma espécie de acordo para um governo provisório de dois anos. Ora, o país não precisa de governos provisórios de dois anos, o país precisa mesmo é de estabilidade durante quatro anos. Precisa de uma solução para quatro anos."
Nesta entrevista, Costa afasta a possibilidade de negociar com Rui Rio uma parceria de governo depois das eleições e diz que, caso perca, demitir-se-á da liderança do PS.
António Costa confessa, contudo, que até imagina Rui Rio a sentar-se na sua cadeira de chefe do Executivo. “Se for essa a vontade dos portugueses, assim será”, respondeu Costa à pergunta "Imagina Rui Rio sentado ali, naquela secretária?"
"Se for essa a vontade dos portugueses, assim será. Enfim, não sei se ele gosta da secretária ou se quer mudar a secretária [risos]. Mas a vida política é isto, é um contrato a prazo permanente. As pessoas sabem que quando estão numa função política saem de manhã de casa nessa função e podem regressar a casa já sem qualquer tipo de função. Isso é perfeitamente normal."
Na entrevista à CNN Portugal, António Costa admite a possibilidade de Pedro Nuno Santos poder vir a liderar o PS e considerou que "chegar a primeiro-ministro sem experiência governativa é um enorme risco".
Questionado se imagina o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a liderar o PS e o Governo, o primeiro-ministro respondeu: "Sim, é provável, tem boa idade para no futuro, se for essa a vontade da generalidade dos socialistas, que seja ele".