O furacão Idália chegou à costa do Golfo da Florida, nos Estados Unido, na manhã desta quarta-feira, classificado com a categoria 3 e carregando ventos na ordem dos 200km/h.
A subida do nível das águas registou valores recorde em Tampa Bay (Baía de Tampa) e na zona costeira de Big Bend onde é considerado o furacão mais forte a atingir esta região, nos últimos 125 anos.
A cidade de Orlando, no centro da Florida também esteve no caminho do Idália.
Jason José, um lusodescendente a viver nesta cidade, contou à Renascença que as últimas horas foram de muita chuva e vento, para além de cortes no abastecimento de energia.
“Não tive eletricidade durante cinco horas. Houve muita chuva e muito vento”, relata.
Jason José adianta que naquele estado norte-americano registaram-se vários danos. "Caíram árvores e houve muitas cheias em lojas e restaurantes porque a água do mar inundou a cidade. Caiu uma árvore centenária em cima da casa do nosso Governador, Ron DeSantis, mas não houve feridos ”, conta.
Jason José calcula que os prejuízos sejam elevados porque algumas zonas agora fustigadas já tinham sido atingidas pelo furacão Ian, que atravessou o sudeste dos Estados Unidos, em setembro de 2022.
Rosalina Rebelo, outra lusodescendente a viver no condado de Pinella, na região de Tampa, revela à Renascença: “As estradas ficaram cobertas com água. Na minha casa não faltou luz mas, mais de 125 mil pessoas não têm eletricidade. Só tive aqui perto algumas palmeiras que caíram com o vento. Graças a Deus decorreu tudo pelo melhor possível”.
Esta lusodescendente diz-se habituada, à mesma situação, praticamente ano após ano. “Na altura dos temporais, temos sempre coisas de que vamos precisar, em casa, como alimentos que não precisem de ser cozinhados. Temos também de entaipar as janelas, ter o tanque do carro cheio de combustível e ter sempre dinheiro em casa, porque quando a falha a luz os cartões de crédito não trabalham”, avança.
O furacão Idália perdeu intensidade e, entretanto, transformou-se numa tempestade tropical. Já atinge o estado da Geórgia onde provocou, pelo menos, uma vítima mortal, de acordo com fontes oficiais citadas pela CNN Internacional.
Estima-se que, ao todo, cerca de 400 mil pessoas estejam ainda sem acesso a energia elétrica nos estados da Florida, Georgia e Carolina do Sul.