A justiça russa equiparou, esta segunda-feira, fotografias do falecido opositor russo Alexei Navalny a "símbolos extremistas" por considerar que a sua exibição constitui propaganda a uma "organização extremista".
Um tribunal da cidade de Murmansk abordou desta forma o caso de uma mulher, identificada como Marina Victoria Nagornij, que colocou numa árvore perto de um edifício residencial a foto do dissidente, que morreu em fevereiro quando se encontrava na prisão após condenação a uma pena de cerca de 30 anos por fraude e extremismo.
A acusada foi condenada a sete dias de detenção por “exibir publicamente” a fotografia, após diversos tribunais terem assinalado anteriormente que o apelido do opositor também supõe um “símbolo extremista”.
A justiça ordenou a detenção de diversas pessoas em Cheliabinsk, Krasnodar e Murmansk, indicou o diário The Moscow Times. Um dos detidos tinha colocado um cartaz onde se lia “Alexei Navanly foi assassinado”.
Em 16 de fevereiro, o Serviço penitenciário federal do distrito autónomo de Yamalia-Nenetsia anunciou a morte de Navalny após “se ter sentido mal durante um passeio”. Moscovo rejeitou as críticas pelo seu falecimento e pediu que fossem aguardados os resultados oficiais da autópsia.
O ativista de 47 anos permanecia detido desde janeiro de 2021, quando regressou a Moscovo desde Berlim e após recuperar de um envenenamento que atribuiu, juntamente com governos ocidentais, aos serviços de informações russos.