A TikTok vai intensificar esforços para eliminar conteúdos de ódio da sua aplicação, especialmente os ligados a movimentos neonazis, à semelhança do que têm feito outras redes sociais, anunciou esta quarta-feira o grupo ByteDance, detentor da plataforma.
“As nossas equipas de segurança já estão a trabalhar para remover os discursos e ideologias de ódio, tais como o neonazismo e a supremacia branca”, informou a empresa chinesa, determinada a provar a sua responsabilidade social.
Ao mesmo tempo, garante, está a “reforçar as ações para eliminar ideologias semelhantes, tais como nacionalismo branco, teorias sobre o genocídio branco e movimentos como a supremacia masculina”.
A rede social, que se caracteriza pela difusão de vídeos musicais ou cómicos de curta duração, pretende focar-se particularmente na linguagem codificada e símbolos que contribuem para normalizar este tipo de comportamentos.
Empresas como o Facebook, o Twitter e o YouTube comunicam regularmente os seus esforços para limpar as suas plataformas, que muitos grupos e indivíduos usam para espalhar mensagens de ódio que têm, por vezes, consequências trágicas na vida real.
Para a ‘jovem’, mas muito popular aplicação nos Estados Unidos, o desafio é duplo, uma vez que enfrenta uma ameaça de proibição do governo norte-americano, que a considera uma ameaça para a segurança nacional.
O presidente dos EUA, Donald Trump, acusa-a de espiar em nome de Pequim e assinou duas ordens executivas, no último verão, para forçar a ByteDance a vender a aplicação TikTok a uma empresa norte-americana.
As negociações com a administração de Trump e empresas norte-americanas continuam a decorrer, no sentido de encontrar uma solução antes da data limite de 12 de novembro, e a TikTok lançou uma grande campanha de marketing para provar o seu compromisso aos EUA e a sua maturidade em assuntos relacionados com as redes.
“Numa altura em que muitas organizações reportam um crescimento do antissemitismo em todo o mundo, orgulhamo-nos de já ter tomado medidas para assegurar a segurança da nossa comunidade, ao recusar, por exemplo, conteúdos que negam o Holocausto e outras tragédias violentas”, afirmou a aplicação, uma semana depois de o Facebook ter ‘apertado’ também as suas regras sobre o mesmo problema.
A rede social pretende, também, remover todos os conteúdos enganadores e “estereótipos prejudiciais” sobre judeus, muçulmanos e outras comunidades, incluindo as de pessoas homossexuais e transgénero.