O ex-Presidente dos Estados Unidos George W. Bush defendeu este sábado que o país deve lutar contra os extremistas violentos, dentro e fora de fronteiras, no vigésimo aniversário dos ataques de 11 de setembro.
Bush - que era Presidente dos EUA à época dos atentados de 11 de setembro - discursou em Shanksville, na Pensilvânia, na cerimónia em memória das vítimas do voo United 93 que impediram um quarto atentado, após fazerem despenhar o avião naquele local.
O ex-Presidente referiu-se aos extremistas dentro e fora dos EUA que partilham não só o "desprezo pelo pluralismo" e a sua "indiferença pela vida humana", mas também a sua "determinação em profanar os símbolos do país".
Desta forma, Bush aludiu implicitamente a um episódio recente na história americana - o ataque ao Capitólio a 6 de janeiro, perpetrado por apoiantes do ex-Presidente Donald Trump -, um incidente que Bush condenou em várias ocasiões.
Para George W. Bush, os extremistas violentos domésticos e estrangeiros "são filhos do mesmo espírito infame", dizendo que é dever das autoridades enfrentá-los.
Bush lembrou os momentos seguintes aos ataques de 2001, dizendo que teve "orgulho em liderar um povo impressionante, resiliente e unido".
Na cerimónia em Shanksville, da qual participou igualmente a vice-Presidente, Kamala Harris, Bush lembrou o heroísmo dos passageiros do voo 93 da United Airlines, referindo-se a eles como um "grupo excecional" de americanos, bravos, fortes e unidos", vítimas que enfrentaram uma situação "impossível" e que depois de "confortar" as suas famílias com seus telefonemas e recados entraram em "ação" e "derrotaram os desígnios do diabo".