Diferença no valor da água entre municípios acima de 376 euros. Onde é que se paga mais?
05-01-2024 - 08:52
 • Sérgio Costa

Há um quadro elevado de desperdício de água, o que motiva também custos elevados. Segundo a Deco, o atual desperdício é de 180 milhões de metros cúbicos por ano.

Há municípios onde, na média anual, se paga mais 376 euros do que noutros locais do país.

Mas onde é que se paga mais pela água?

Depende dos graus de consumo, mas no caso dos 120 metros cúbicos de água, os municípios onde as tarifas são mais elevadas anualmente são os de Amarante (470,13 euros) e Oliveira de Azeméis (468,68 euros).

Já no consumo anual de 180 m3, os concelhos com tarifa mais elevada são os do Fundão (751,64 euros), Oliveira de Azeméis (684,10 euros), Santa Maria da Feira (682,82 euros), Celorico de Basto (668,91 euros) e Covilhã (666 euros).

Neste caso, a fatura mensal em média no Fundão é superior a 62 euros.

Há alguma região onde os preços sejam mais elevados?

Sobretudo no Norte e depois o Centro. São as regiões do país onde o preço da água é mais elevado. Importa sublinhar que as principais cidades como Lisboa e Porto estão fora do “top” de municípios onde a água é mais cara.

Onde é que se verifica o preço mais reduzido?

Não sendo clara a informação que surge, remeto para valores de 2022, onde Vila Nova de Foz Côa era o município onde o cisto conjugado de água e saneamento era mais baixo, cerca de 88 euros anuais. Tradicionalmente, nas ilhas, o custo é também mais reduzido.

Nos últimos tempos verifica-se uma tendência global de subida de preços?

Sim, o que pode até agravar a situação de disparidade se o aumento for calculado em percentagem. Aliás, neste momento antecipa-se um aumento médio de 8,5% no preço da água.

Mas como é que se justifica esta disparidade de preços?

Tudo está relacionado como tipo de contrato que cada município faz. Se adjudica a ume empresa externa, onde não raras vezes se verifica um preço superior, se tem uma empresa própria para a gestão de água.

Há também um quadro elevado de desperdício de água, o que motiva também custos elevados. Por isso, a Deco Proteste insiste no "urgente investimento na reabilitação de infraestruturas". Caso contrário, diz, será agravado atual desperdício de 180 milhões de metros cúbicos de água por ano em Portugal".