Portugal tem mais mulheres do que homens apesar de atualmente nascerem mais rapazes do que raparigas, segundo dados da Pordata, base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Em 2018, por cada 100 raparigas nasceram 104 rapazes, contudo há mais mulheres que homens a partir do grupo etário dos 25 aos 29 anos, ou seja, por cada dez mulheres existem nove homens.
A divulgação dos dados sobre homens e mulheres de Portugal no panorama europeu assinala o Dia Internacional da Mulher, que se celebra hoje.
De acordo com a Pordata, a superioridade do número de mulheres aumenta à medida que se avança na idade.
Nos países da União Europeia a 27 as mulheres estão em maioria na população, com exceção do Luxemburgo, Malta e Suécia.
Os dados revelam também que as mulheres vivem em média mais tempo.
Quer à nascença, quer aos 65 anos, a esperança de vida é maior nas mulheres (à nascença a diferença é de seis anos e aos 65 anos é de quatro anos).
Nos países da UE-27, a realidade é a mesma: em média, elas vivem sempre mais, embora as diferenças entre sexos sejam variáveis consoante os países.
No entanto os anos esperados de vida saudável das mulheres aos 65 anos é menor que os dos homens. Dados referentes a 2017 revelam que os homens vivem oito anos sem limitações ou incapacidades enquanto a estimativa para as mulheres é de sete anos.
Esta é uma realidade bem distinta da observada em outros países europeus como a Suécia, por exemplo, onde uma mulher pode, aos 65 anos, esperar viver, em média, 16 anos sem limitações ou incapacidades enquanto o homem sueco apresenta uma expectativa de tempo de vida saudável de 15 anos.
A maioria da população estrangeira residente em Portugal é composta por mulheres, mas nem sempre foi assim.
Em 1980, os residentes estrangeiros em Portugal eram, na maioria, homens (59,1%) em 2018, eles deixaram de estar em maioria representando 49,5%.
Relativamente à escolaridade, os dados revelam que em Portugal, as raparigas entre os 18-24 anos abandonam menos a escola do que os rapazes à semelhança do que acontece em todos os países da Europa, com exceção da Eslováquia e da Bulgária.
Os níveis de abandono escolar em Portugal são significativamente inferiores aos observados no início dos anos 90, quando mais de metade dos rapazes abandonava a escola.
Contudo, apesar da recuperação, os dados indicam que no contexto da UE-27, em 2018, Portugal ocupava o 6.º lugar dos países onde a taxa de abandono escolar precoce, entre os rapazes, é maior.
Já no caso das raparigas, Portugal ocupava a 9.ª posição.
Ao nível do ensino superior, as mulheres são a maioria, ultrapassando os homens no número de matriculados.