O Departamento de Justiça dos EUA defende que divulgar mais detalhes do mandado de buscas à casa de Donald Trump na Flórida causaria "danos irreparáveis" à sua investigação ao ex-Presidente.
Por esse motivo, defendem os procuradores, deve manter-se confidencial o 'affidavit', o documento do tribunal com as provas exigidas para se obter o mandado de buscas.
"Se for divulgado, o 'affidavit' serviria como roteiro da investigação que o governo tem em curso, fornecendo detalhes específicos sobre o rumo dessa investigação, de uma forma altamente provável de comprometer os próximos passos da investigação", escreveram num documento entregue esta segunda-feira em tribunal.
Agentes do FBI levaram a cabo buscas a Mar-a-Lago na semana passada, tendo na mira alegados documentos confidenciais e sensíveis que o ex-Presidente terá trazido consigo da Casa Branca quando foi substituído na presidência por Joe Biden, após as eleições de 2020.
Foi a primeira vez que a casa de um ex-chefe de Estado foi alvo de buscas no âmbito de uma investigação criminal.
Durante as buscas, foram recuperados 11 conjuntos de documentos classificados, de acordo com o documento do mandado que foi divulgado na sexta-feira. Depois disso, vários media têm requerido que também o 'affidavit' seja tornado público, uma possibilidade que o Departamento de Justiça rejeitou esta segunda-feira.