A Cáritas Europa e a Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE) pediram a Bruxelas uma maior determinação no combate à pobreza, em mensagem divulgada hoje, pelo III Dia Mundial dos Pobres.
A posição conjunta é subscrita pela Cáritas Portuguesa, pedindo às instituições europeias e a todos os Estados-Membro que melhorem as suas políticas sociais, para “combater as causas estruturais da pobreza, promover o desenvolvimento humano integral e pôr um fim à pobreza na União Europeia”.
“Segundo estatísticas recentes, quase um quinto da população da União Europeia vive na pobreza ou em risco de pobreza. O desemprego, condições económicas e de trabalho adversas, especialmente entre os jovens, afetam milhares de famílias, às quais é negada uma remuneração justa que lhes permita viver dignamente”, assinala o texto enviado à Agência ECCLESIA.
A mensagem difundida pela Cáritas Europa, em parceria com a COMECE, associa-se à celebração do III Dia Mundial dos Pobres, que a Igreja Católica assinala hoje por iniciativa do Papa Francisco.
O documento conjunto apela às instituições europeias para que dediquem pelo menos 30% do Fundo Social Europeu à inclusão social e à luta contra a pobreza, desenvolvendo “uma estratégia para 2030 na qual seja delineado um roteiro para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e traduzir o Pilar Europeu do Direito Social em políticas e ações concretas”.
"Exatamente quando o Papa Francisco nos convida a iniciar um ‘verdadeiro diálogo fraterno’ com as pessoas que vivem na pobreza, incentivamos aqueles que têm em si a função de desenhar as políticas, a aprimorar o diálogo social e civil na Europa e a ouvir sinceramente as pessoas que sofrem, a fim de moldar sociedades mais justas, inclusivas e centradas na pessoa", pode ler-se no documento.