Alemanha. Inundações vão custar sete mil milhões de euros às seguradoras
25-08-2021 - 12:43
 • Lusa

Previsão inicial era de até 5,5 mil milhões de euros, mas o valor foi revisto e a maior fatia (mais de seis mil milhões) vão para danos em habitações.

As inundações que a Alemanha sofreu em meados de julho custaram aos seguros alemães cerca de sete mil milhões de euros, mais do que tinha sido inicialmente previsto, anunciou nesta quarta-feira o diretor-executivo da associação de empresas do setor.

"Estamos agora a calcular uma indemnização por seguro de cerca de sete mil milhões de euros”, declarou Jörg Asmussen, diretor-executivo da Associação Alemã da Indústria de Seguros (GDV, na sigla em alemão).

Asmussen havia dito, há uma semana, que os seguros relacionados com as inundações estariam entre 4,5 mil milhões e 5,5 mil milhões de euros.

Da nova verba de sete mil milhões de euros, 6,5 mil milhões correspondem a danos em habitações, mobiliário e utensílios domésticos e comércios, e cerca de 450 milhões a danos em automóveis.

“Com uma progressiva admissão e regulação dos danos mostra a dimensão deste evento extremo”, disse Asmussen.

As seguradoras preveem cerca de 250.000 casos de danos, dos quais 200.000 em residências, móveis e utensílios domésticos e comércios, e até 50.000 em automóveis.

"As seguradoras continuam a trabalhar sob muita pressão para ajudar rapidamente as pessoas afetadas", acrescentou Asmussen.

A tempestade "Bernd" atingiu parte da Alemanha entre 13 e 18 de julho, com fortes chuvas e inundações, especialmente na Renânia-Palatinado e na Renânia do Norte-Vestfália, mas também na Baviera e na Saxónia.

O dano total dessa tempestade é muito maior do que essas estimativas porque nem todos os edifícios estão segurados contra todos os desastres naturais. A maioria dos edifícios na Alemanha tem seguro contra tempestades e granizo, mas apenas 46% têm seguro contra danos causados por chuvas fortes ou inundações.

As cheias de julho, na Alemanha, provocaram mais de 180 mortos. A justiça alemã disse vai investigar suspeitas de falhas na gestão do sistema de alertas e da retirada dos habitantes, para iniciar eventuais processos criminais.