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O secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, afirmou nesta segunda-feira que, até ao final do ano, estarão disponíveis mais de 2.100 aparelhos de ventilação mecânica nos hospitais portugueses.
Neste momento, “há cerca de 204” a aguardar certificação interna. “É preciso serem certificados e reavaliados para ver se tudo está de facto a funcionar em pleno”, reconheceu aos jornalistas, à margem da visita que efetuou ao hospital de Leiria.
“Muito em breve, depois dessa avaliação por parte dos serviços, serão entregues aos hospitais”, acrescentou, adiantando que “estamos em condições de, até ao final do ano, podermos ter mais de 2.100 ventiladores no global”.
António Lacerda Sales aproveitou para elogiar o funcionamento em rede do Sistema Nacional de Saúde (SNS), em que “onde o doente não tem lugar dentro de uma determinada unidade, um outro hospital ou outra região rapidamente responde”.
“Temos cerca de 650 camas afetadas a Covid, com uma taxa de ocupação hoje que andará na ordem dos 80%”, referiu ainda.
Quanto à evolução da pandemia, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde considera que está dentro do previsto.
“Temos, na última semana, uma curva decrescente, é bom que se diga, ainda que com uma incidência alta e com um número de óbitos alto. Era o que esperávamos em função do pico na semana de 20 de novembro – esperávamos que, passado duas/três semanas e até às cinco semanas, tivéssemos um aumento de pressão sobre os internamentos e também tivéssemos um pico de mortalidade. Portanto, está dentro daquilo que os nossos epidemiologistas e os nossos técnicos nos têm dito”, afirmou.
Se o cenário piorar, as medidas de contenção da pandemia poderão agravar-se, afirmou, sem adiantar se do Conselho de Ministros da próxima sexta-feira, dia 18, poderão sair mais restrições.
“O Governo tem tomado as medidas certas no tempo certo. Se houver necessidade de agravamento, obviamente, não hesitará, mas procurará equilibrar o controlo da pandemia e o bem-estar psicológico dos portugueses", sublinhou.
“O próximo Conselho de Ministros terá em atenção todo o enquadramento e tomará as medidas mais adequadas, tendo em conta o nível de óbitos, internamentos, mas também o nível da pressão sobre os serviços de saúde”, acrescentou.
Dia 18 foi o dia definido pelo primeiro-ministro para uma nova avaliação da situação epidemiológica do país e, daí, se decidir se as medidas anunciadas para os dias de Natal e Ano Novo se mantêm.