As entidades responsáveis pela organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) já publicaram duas dezenas de contratos, no valor de 13,6 milhões de euros, para a concretização do evento, segundo o Portal Base da Contratação Pública.
A Câmara Municipal de Lisboa, presidida pelo social-democrata Carlos Moedas, foi a entidade que até agora estabeleceu mais contratos (17), no valor de 13,5 milhões de euros, de acordo com os dados disponíveis no Portal Base da Contratação Pública.
A empreitada para a construção do altar-palco no Parque Tejo Trancão, no valor de 4,2 milhões de euros (valor sem IVA), e que tem suscitado várias dúvidas e críticas, nomeadamente do Presidente da República, é, para já, o encargo mais avultado da responsabilidade da Câmara de Lisboa. A obra foi adjudicada à empresa Mota-Engil.
Ainda respeitante ao altar-palco foi também adjudicada uma empreitada para a cobertura da infraestrutura, no valor de 1,1 milhões de euros, à empresa Oliveiras, SA.
Ambas as empreitadas foram adjudicadas por ajuste direto.
Do lado de Lisboa destaca-se ainda o investimento de perto de sete milhões de euros na reabilitação do aterro sanitário de Beirolas, local onde será construído o altar-palco.
Além do investimento em obras no Parque Tejo Trancão, os contratos adjudicados pela Câmara de Lisboa contemplam também a aquisição de serviços técnicos e de assessoria.
Já do lado do município de Loures, presidido pelo socialista Ricardo Leão, foram publicados, até ao momento, cinco contratos, num total de 123 mil euros.
Os cinco contratos, todos eles adjudicados por ajuste direto, dizem sobretudo respeito a prestações de serviço para a elaboração de estudos e projetos técnicos. .
Do lado do Governo, até ao momento, encontra-se publicada a adjudicação de um contrato referente à aquisição de serviços para a elaboração do plano de mobilidade e transportes para a JMJ.
Até agora, o investimento total conhecido para a realização da Jornada Mundial da Juventude é de 81,5 milhões de euros, a cargo do Governo (36,5 milhões), da Câmara de Lisboa (35 milhões) e da Câmara de Loures (10 milhões), desconhecendo-se qual será o investimento da Igreja.