Entrada no capital do Montepio decidida até final do ano, diz novo provedor da Santa Casa
06-12-2017 - 13:44

Edmundo Martinho tomou posse, esta quarta-feira, do cargo que era de Pedro Santana Lopes.

O novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Edmundo Martinho, vai decidir até ao final do ano se a instituição entra no capital do Montepio.

"Eu gostava de ter uma decisão tomada até final do ano, para depois podermos avançar tranquilamente, a partir de 2018", disse Edmundo Martinho, esta quarta-feira, depois de tomar posse do cargo que era de Pedro Santana Lopes.

Para o novo provedor da SCML, a decisão não se prende "apenas com a avaliação de indicadores de natureza financeira, embora sejam essenciais", mas também com a questão "significativa" de saber "a forma como a Santa Casa participará na 'governance'" do Montepio.

Sobre o mandato de três anos que hoje se inicia, Martinho diz que "a Santa Casa não pode mudar de prioridades apenas porque muda o provedor", pelo que "é indispensável que aprofunde a sua presença nas suas grandes áreas nucleares que são a saúde, a acção social e a cultura" e cumprir este objectivo significa "desenvolver o património que tem de credibilidade nos serviços que presta".

"É isso que tem de ser cada vez mais capaz de fazer - melhores e mais serviços" à população que assiste, salientou.

A Sala de Extrações dos jogos geridos pela Santa Casa esteve completamente cheia e entre os participantes na cerimónia estava o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, e o antigo provedor da instituição Rui Cunha.

O anterior provedor da Santa Casa, Pedro Santana Lopes, não pode estar presente na cerimónia devido a problemas de saúde, conforme disse Edmundo Martinho, mas enviou uma mensagem de felicitações ao novo provedor.

O ministro Vieira da Silva afirmou que Edmundo Martinho "tem todas as condições para deixar marca nesta instituição" devido ao trabalho já realizado na área da acção social.

"Traz a sua serenidade, que é uma qualidade indispensável para a gestão de uma instituição desta dimensão", defendeu o ministro, embora realçando que "não se deve confundir serenidade com inacção".

Vieira da Silva também quis deixar uma palavra para o provedor que cessou funções, destacando a relação muito próxima de trabalho que com ele manteve nos últimos dois anos.

O governante destacou o papel da Santa Casa com 520 anos em Portugal, afirmando que "é quase uma ave rara nas instituições portuguesas".