O presidente da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD), Rodrigo Cavaleiro, está preocupado com os incidentes na Assembleia Geral do FC Porto e explica que é importante garantir a liberdade de escolha dos sócios.
Em declarações a Bola Branca, o líder do organismo público que controla a violência no desporto afirma que "a preocupação vai para que exista livre exercício dos direitos por parte dos associados".
"Falamos de atos que podem ser tipificados como crime. O que está em causa é a garantia que o direito do associado é exercido de forma livre e não condicionada", diz.
A APCVD admite a influência dos incidentes em futuros jogos: "Há sempre uma influência direta no ambiente mais pacífico que pretendemos nos recintos. De qualquer forma, falamos de algo que as entidades competentes estarão atentas para dar a melhor resposta possível".
A AG do FC Porto vai continuar segunda-feira, o que motivará especial atenção da polícia. Mesmo que esta não volte a entrar no pavilhão. Uma ausência que causou surpresa, mas que é normal, sustenta Rodrigo Cavaleiro.
"É um evento que está a acontecer de forma privada num recinto. Não pressupõe, numa primeira análise, essa presença. Seguramente que as autoridades vão estar atentar ao desenrolar dos próximos episódios", diz.
À autoridade cabe apenas acompanhar a situação. Os incidentes desta semana não fazem parte da competência da APCVD, mas sim do Ministério Público, que já anunciou a abertura de um inquérito.
"Os factos dessa AG não têm enquadramento legal na lei da segurança dos espetáculos desportivos, mais relacionado com jogos e deslocações para os jogos. A autoridade não tem competência para a intervenção nesse nivel, cabe ao Ministério Público", termina.