Francisco despede-se do Uganda com palavras de esperança. A preciosa herança dos mártires - a quem chamou de heróis nacionais - e o incentivo que deixou aos milhares de jovens e fiéis com quem se encontrou em celebrações alegres e festivas, a valorização do trabalho dos catequistas e de uma igreja de portas abertas, atenta aos pobres e acolhedora são sublinhados preciosos desta visita.
Em África – onde agora veio primeira vez – falta cumprir a terceira etapa desta viagem, que não será fácil. É já neste domingo, pelas 9 horas da manhã em Lisboa, que o avião papal aterra em Bangui sob grandes medidas de segurança.
Apesar dos receios e preocupações manifestadas por vários sectores, Francisco não cancelou o programa de dois dias na capital da República Centro-Africana - país onde os conflitos entre rebeldes muçulmanos seleka e as milícias cristãs anti-balaka causaram, desde 2013, 400 mil refugiados em países vizinhos e outros 400 mil deslocados dentro do país.
Nos dois últimos meses a situação agravou-se na capital, com o aumento da violência, pilhagens e mortes. O recolher obrigatório está em vigor, mas nada disto demove a intenção do Papa, que não alterou o programa, nem sequer a visita à mesquita central, localizada num dos bairros mais perigosos de Bangui onde, entretanto, já se vêem faixas de boas-vindas ao “mensageiro da paz”.
A Renascença em África com o Papa Francisco. Apoio: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa