O Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, passa a partir desta terça-feira a funcionar ao serviço do Estado no combate ao surto do novo coronavírus, face “à necessidade de recursos nos serviços de saúde”, anunciou a instituição em comunicado.
“Informa-se que, face à necessidade de recursos nos serviços de saúde definidos para o Covid-19, o Hospital da Cruz Vermelha passa a partir de hoje a funcionar ao serviço de Estado, no combate ao surto do novo Coronavírus Integrado na rede COVID”, afirma a Cruz Vermelha Portuguesa.
Segundo o comunicado, a Coordenação Nacional de Emergência da Cruz Vermelha (CVP) encontra-se a iniciar o plano de formação aos técnicos do Hospital da Cruz Vermelha sobre procedimentos e proteção individual, preparando-os assim para a entrada em funcionamento desta nova resposta.
Até ao momento a Cruz Vermelha Portuguesa já realizou 170 transportes de doentes suspeitos da doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), distribuídos pelas 11 ambulâncias que tem dedicadas para o efeito.
A CVP lembra que montou a unidade modular no Hospital Santa Maria (Lisboa) para contenção dos doentes suspeitos do novo coronavírus e que promoveu formação a cerca de 700 técnicos de emergência pré-hospitalar em toda a rede da Cruz Vermelha Portuguesa.
“Esta reestruturação conjuntural e a desejável articulação entre o Estado (SNS) e a Cruz Vermelha Portuguesa contribuirá para aumentar a capacidade de resposta à Epidemia”, salienta no comunicado.
A Cruz Vermelha Portuguesa integra o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a maior rede humanitária do mundo, fundada por Henry Dunant em 1863 e que conta hoje com o apoio de milhões de voluntários.
A sua missão é aliviar o sofrimento humano, proteger a vida e a saúde e preservar a dignidade humana, sobretudo durante conflitos armados e outras emergências, como catástrofes naturais e acidentes
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.